domingo, 7 de novembro de 2010

Namorando um Gringo


Titulo original:
Amor sem Fronteiras
Texto: Regina Terraz e Sara Stopazzolli


No início era uma relação a três – ela, ele e o manual de tradução. Quando conheceu o marido, o suíço Gregory Ryan, há seis anos, a carioca Wanusa Andrade não sabia falar alemão ou inglês e precisava recorrer ao tradutor online (ou na versão de bolso) para conseguir se comunicar. Quando ela e Gregory se encontraram pela primeira vez, em uma boate no Rio, a conversa foi monossilábica e por meio de sinais. Mesmo assim, o namoro engatou por todo o mês em que o suíço permaneceu no Brasil. Depois, seguiu firme pela internet até virar casamento. “Apesar de todas as dificuldades lingüísticas, eu tinha a certeza de ser absolutamente compreendida pelo Greg”, diz Wanusa – que só não estava certa de ser entendida pelas outras pessoas. “Ainda hoje, quando falo que sou casada com um suíço, percebo olhares de recriminação. Mas aí digo a idade dele e todo mundo fica aliviado.” Ela, comissária de bordo, tem 25 anos. Ele, estudante de relações internacionais, 27.

VANTAGENS DE NAMORAR UM GRINGO
O preconceito a que Wanusa se refere pode ser resumido no clichê “mulher brasileira de família pobre e sem perspectiva se casa com homem estrangeiro bem mais velho em busca da salvação”. Especialista em relações interculturais, a psicanalista Sylvia Dantas afirma que, sim, boa parte das brasileiras que se casam com gringos enquadram-se nesse perfil. Mas não é só, claro. Mulheres independentes e bem- sucedidas também costumam se dar bem com os estrangeiros, principalmente os de países de Primeiro Mundo. “Esses homens, em geral, são menos machistas do que os brasileiros e, ao contrário deles, não se assustam diante de parceiras muito emancipadas”, explica ela, que é coordenadora do serviço de orientação intercultural da Universidade de São Paulo (USP). Isso significa que nas relações com europeus ou americanos, a chefia da casa é dividida entre os dois membros do casal. Não à toa, nos fóruns que pipocam pela internet sobre esse tipo de romance, as virtudes domésticas dos maridos estrangeiros são amplamente ressaltadas. Se for preciso, eles ajudam a lavar, passar e cozinhar.


ESTATÍSTICAS
Com o mundo ao alcance do mouse, encontrar um amor a um oceano de distância se tornou mais corriqueiro. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2006 foram realizados 5.230 casamentos de brasileiras com estrangeiros. O número é baixo, mas, se comparado ao mesmo dado de 1996 – ano da chegada da internet no Brasil –, representa um crescimento de 57%. Como nessa conta só entram as uniões formais, lavradas em cartório, dá para afirmar que na informalidade o volume de namoros bilíngües é bem maior.

CONTO DE FADAS?
A atriz paulista Giovanna Borghi, 26, chegou a acreditar que engrossaria essas estatísticas oficiais. Há três anos, apaixonada, ela deixou o Brasil para viver uma história de amor na Itália e... quase morreu de tédio. “Fui morar em uma cidade de 5 mil habitantes e, como não conseguia trabalhar, passava o dia sem fazer nada”, lembra. Nesses momentos, Giovanna pensava: “Mas 5 mil pessoas equivale ao público de uma festona em São Paulo!” Insatisfeita com a nova vida de dona de casa, ela resolveu voltar para o Brasil, não sem antes viver outros dois romances internacionais, um em Milão e outro em Madri. “Minha profissão é muito importante para mim. E eu sentia que se ficasse na Europa teria de abrir mão dela."

DIFERENÇAS
É mais comum a dobradinha mulher brasileira com homem estrangeiro (5.230 casamentos em 2006) do que a parceria mulher estrangeira com homem brasileiro (1.516 uniões).

Quando têm filhos, os casais latinos tendem a se aproximar mais de tios, primos e irmãos. Já os europeus e americanos fazem o contrário, ou seja, se afastam, porque entendem que construíram uma nova família. “É a família expandida versus a família nuclear”, diz a psicanalista Sylvia Dantas.



Um comentário:

  1. Eu nunca fui rica mais nunca fui tao pobre k precisasse de um casamento p/ melhorar minha situacao financeira.
    Morei no Brasil com um americano por 2 anos k eventualmente em USA me casei e vivemos juntos por 4 anos entre foi uma experiecia terrivel ele era alcoolatra e costumava perder a paciencia com muita facilidade tb era 14 anos mais velho k eu e eu era louca por ele mais as loucuraras dele me fez esquecer todo amor k sentia por ele e nos separamos...Depois de um certo tempo conheci o homem mais maravilhoso do mundo com quem vivo agora tb 14 anos mais velho k eu.
    Agora essa historia de k americano mete a bomba nos Brasileiros!!!!
    Eu particularmente nunca ouvi eles sao maravilhosos e educadissimos ja moro aki a 5 anos e sempre fui muito bem recebida.
    Viajo muito e ate agora todos k conheci nem sabe da existencia do ORKUT e os k sabem atravez de mim AMAM.
    Eu acho k os Gringos k vcs estao se referindo devem ser os adolecentes k passam o dia inteiro na frente do pc procurando algo interessante no mundo virtual pq a vida deles sao tao vazias k eles assim precisam se preocupar com coisas tao pequenas como estas k estao sendo ditas aki.
    Ah!! so p/ Lembrar...
    Carmem Miranda ja era rica e famosa quando se casou com o americano David Sebastian.
    Sonia Braga tb ja era rica e Famosa quando se relacionou com Robert Redford e Giselle Budnchen ja era a a modelo mais bem paga do mundo com uma fortuna de 150 milhoes quando se casou ano passado com Tom Brady...Sera k ele era mais rico do k ela? hehe.
    Acho k isso so vai fazer com k os Brasileiros queiram tratar os chamados GRINGOS de uma forma k eles talvez nem merecam...
    Vamos parar com essa competicao pq isso nao vai levar ninguem a lugar nenhum,achei k a net era um meio de se fazer mais amigos...

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